
A edição de setembro da revista Superinteressante veio com uma reportagem de capa revelando algumas verdades recém descobertas sobre a 2ª Guerra Mundial. Ao ler a revista na sala de aula da universidade uma menina, no auge dos 18 anos (média de idade dos alunos da universidade Anhembi Morumbi) diz a seguinte frase: "Hitler era muito foda! Tudo o que ele fez estava certo". A questionei para tentar entender de onde poderia vir tal pensamento. Fiquei mais aterrorizado ainda ao ouvir de sua própria boca que ela era uma branca pura. Tentei lembra-la de que no Brasil a ideia de uma “raça pura” não existe desde a chegada dos europeus por essas bandas. Mas não adiantou. Para ela apenas o fato de ter a pele branca a faz uma ariana legítima, e consequentemente, superior.
Não nego que vejo em Hitler um personagem importante em nossa história. Daí considerá-lo um símbolo único e idealizador de um dos planos mais "inteligentes" do mundo não me soa estranho, mas estúpido. Mostra o nível de alienação a que uma pessoa se deixa tomar. E é triste saber que uma pessoa tão nova, com muito que aprender e mostrar ao mundo já destila estupidez jurando ser essa uma opinião sensata e única.
Mas o que esperar de uma pessoa que do alto de sua estupidez diz ser contra transporte público por ser utilizado apenas por pobres, que judeus só ajudam judeus e por isso mereceram morrer no holocausto, e que ao fazer trabalhos da faculdade recorre ao papai que, como não poderia deixar de ser, salva a filhinha mimada em todos os momentos?
Não sei por que, mas isso me lembrou a academia da universidade...