24 agosto, 2009

Falando bonito


O ser humano, por sua natureza, sempre busca a superação sob seu adversário. Seja em ambientes de trabalho, relacionamentos ou qualquer outro momento que tenha possíveis "inimigos".

Não precisa procurar muito para encontrar bons exemplos desse tipo de comportamento. Um homem agarrando sua namorada/esposa (ou como preferente dizer, "sua mulher") no meio da rua é para demonstrar posse na esperança de que os demais homens saibam que ali não podem se meter, "aquela mulher tem dono".

Na política a fala "culta" soa como tentativa de elitizar a imagem pessoal, se distanciando dos pobres e criando uma bolha em volta de si que supostamente passaria a imagem de ser uma pessoa superior. Se valendo da mesma tática, em ambientes de trabalho a demonstração de “poder” também fica por conta do uso de palavras rebuscadas e difíceis, com o intuito de despertar “admiração” pela suposta superioridade dos que ocupam cargos mais altos.

Acredito que as pessoas agem dessa forma para suprir algo que lhe falta. Políticos fazem isso para mostrar ao povo que neles podem confiar, pois são “letrados, cultos e entendem do mundo”. Um homem que segura a namorada como se fosse um pedaço de carne o faz para que os demais não tenham o interesse despertado. E no trabalho? Bom, no trabalho a resposta é mais simples. As pessoas (normalmente de cargos superiores) agem de tal forma para desviar a atenção de sua completa falta de competência.

Ao fazer uma pergunta qualquer ao seu chefe você verá que ele fará rodeios, dirá palavras bonitas e no fim das contas você continuará sem uma resposta satisfatória. E você nunca poderá dizer que ele é burro feito uma porta, afinal, ele respondeu de uma forma culta, supostamente inteligente e que, até então, não deixaria dúvidas.

É, falar bonito, às vezes, garante seu emprego.

3 comentários:

Thiago Almeida disse...

Soa primitivo quando observamos esse tipo de atitude dos homens. Remete ao tempo das cavernas.
Agora sobre a fala e termos "rebuscados", muitas vezes são pra impressionar, outra para uma dada situação ou ambiente. Além do que, coloquialismo demais é um assassinato a língua. Hoje o internetes que está presente em provas e documentos. Gírias e palavras ofensivas que são ditas a todo o instante.
Pra mim, tanto a forma "pomposa", quanto à forma liberal, devem ser revistas. Afinal, ambas ferem a língua portuguesa e os ouvidos.

Até mais, brother!
Forte abraço!!!

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

Concoooooordo totalmente com o primeiro exemplo: Homem adora abraçar a mulher para mostrar que ela tem dono. Seu texto é muito bom, estou te seguindo. Beijo.

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

Concordo totalmente com o exemplo do homem que quer mostrar que a namorada* tem dono. Seu texto é muito bom, estou te seguindo em blog. Beijo

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