31 março, 2010

"BBB" criativo (?)

Aguinaldo Silva comentou em seu blog o porque de tanto sucesso do "Big Brother" no Brasil:

"Nos outros países o programa se deixou sufocar pelo marasmo, pelas repetições, pela obediência ao politicamente correto; mas aqui no Brasil ele está cada vez mais vivo, graças à capacidade dos seus produtores de criar situações novas, de ficar apenas com o essencial da fórmula sem deixar de lhe acrescentar novidades a toda hora... E de pesar a mão e botar pra quebrar quando é preciso".

Sério mesmo que ele acha que o sucesso do "Big Brother" por aqui é a "capacidade de criação de novas situações"? Para mim a explicação é bem menos floreada. O sucesso dessa aberração televisiva se dá pela sede pelo fútil do povo brasileiro. E isso se explica pela enormidade de votações que levou às glórias o "brother" Dourado e toda sua homofobia.

"Big Brother" não é e nunca será um primor de qualidade e muito menos um produto de inovação e criatividade da TV Globo. E não importa o quanto o Pedro Bial declame seus poemas meticulosamente elaborados. Nada transformará esse programa em um requinte televisivo.

28 março, 2010


Hoje vai ser uma festa
Bolo e guaraná
Muito doce pra você
É o seu aniversário
Vamos festejar E os amigos receber

Mil felicidades e amor no coração
Que a sua vida seja sempre doce e emoção
Bate, bate palma que é hora de cantar
Agora todos juntos vamos lá

Parabéns
Parabéns
Hoje é o seu dia
Que dia mais feliz

Parabéns
Parabéns
Cante novamente que a gente pede bis

É big, é big
É big, é big, é big
É hora, é hora
É hora, é hora, é hora
Rá ti bum

23 março, 2010

Evite Evita!

Por que ninguém nunca me disse que "Evita" era um aborto de filme? Quase morri de tédio assistindo aquilo. Não aguentei muito tempo e parei de assistir na metade.

Quem explica aquela história de não ter falas? Fica todo mundo cantando sem parar aquelas músicas chatas (são poucas as realmente boas). O filme se salva pelo figurino belo e pelas imagens hipnotizantes (o funeral de Evita é perfeito).

E como se não bastasse, encontro só elogios na Internet. Como isso é possível?! Há pessoas que realmente acreditam que esse é o melhor musical da história da humanidade. Como?!

Mas como não poderia deixar de ser, encontrei também um
comentário do também insuportável Rubens Ewald Filho onde ele faz uma monumental rasgação de seda pelo filme. Ou ele é cego e tapado para realmente gostar do filme, ou ele é muito falso e recebeu por fora para fazer comentários positivos. Mas o que esperar de uma pessoa que assiste a entrega do Oscar e comenta sobre a vida pessoal e as roupas dos artistas, não é verdade?

21 março, 2010

Exterminadores do futuro


Para você que pensa no bem comum e no futuro sadio do nosso planeta, se prepare. Aproveitando o ano eleitoral, momento célebre para decidirmos que tipo de sociedade queremos ser e qual futuro queremos para o nosso país, a SOS Mata Atlântica lançou a campanha "Os Exterminadores do Futuro". O objetivo é trazer à luz todos os políticos que em nada contribuem para a proteção do meio ambiente.

A primeira lista com os nomes será divulgada em maio no evento Viva a Mata 2010, que acontecerá no Parque do Ibirapuera. Então, fique atento. Seja cidadão e se informe sobre quem joga contra nós.

17 março, 2010

Alessandra Maestrini X Alessandra Maestrini


Alessandra Maestrini, a Bozena de "Toma Lá, Dá Cá", é a personificação do mal que a TV aberta brasileira faz aos brilhantes profissionais do mundo teatral. Isso fica claro no vídeo de um trecho do espetáculo musical "Ópera do Malandro" em que ela canta magnificamente a música "Palavra de Mulher".

Assim que ela começa a cantar nota-se a brutal diferença entre suas personagens. Eu mesmo nunca imaginei que seria possível aquela mulher que interpretava uma empregada em um programa de quinta categoria fosse capaz de ter uma voz tão esplendorosa, um talento tão grandioso. E então percebo o quanto alguns artistas não merecem ter seu talento desperdiçado em novelas e séries tupiniquins.

12 março, 2010

Eu amo o lixo ianque!


Acabo de assistir a segunda temporada da série americana "Damages", uma das melhores produções a que tive o prazer de assistir. A história é incrivelmente bem elaborada, instigante e surpreendente. Passei cada minuto grudado no sofá praticamente sem respirar e com o coração na mão. As atuações, claro, são as melhores possíveis. Glenn Close está memorável, impecável, diabólica. Interpretando a personagem principal, a advogada Petty Hewes, ela entrou para a minha seleta lista de preferidos.

Ao final do último episódio uma pergunta me veio à cabeça: com uma produção desse nível como pode aquele tal assessor do Governo Lula com tendências comunistas, Marco Aurélio Garcia, dizer que tudo o que passa na TV paga é puro "esterco cultural"? Essa é uma afirmação que não se encaixa no contexto da realidade. Será mesmo que ele estava falando sério? Ele realmente se sente nos tempos da revolução cubana e ainda acredita numa invasão americana, dessa vez disfarçada de produções de qualidade? "Oras, como se atrevem vir encher nossas cabeças com esse lixo de primeira linha?!", ele deve pensar. Malditos americanos e sua criatividade sem igual!

Garcia deve ser um amante fervoroso de Sônia Abrão, Ratinho e novelas. Até consigo imaginá-lo sentado na sala da casa grande com sua família, a bandeira cubana ao fundo e na TV somente a genuína programação tupiniquim, a verdadeira qualidade brasileira. Ou seria ele um hipócrita que não perde um só episódio de "House"?

O motivo do enorme sucesso no Brasil de programas americanos não seria a horrorosa qualidade da programação da TV aberta? Afinal, a principal ideia da democracia é exatamente essa, termos o direito de escolher. E escolhemos o que é bom para nós. Escolhemos "Desperate Housewives" ao invés de "Toma Lá Dá Cá", "Damages" ao invés de "Caminhos do Coração".

E se o cinema nacional definha ante o crescimento do cinema hollywoodiano talvez a culpa seja do próprio cinema nacional. Qualquer acéfalo preferiria assistir "Preciosa" ao invés de "Se Eu Fosse Você" ou qualquer uma daquelas produções pseudo-cults que pipocam no cinema tupiniquim.

Querido Garcia, admita. Quase tudo o que produzimos é lixo. Intragável e inconsumível. Se escolhemos as brilhantes produções americanas que dominam a TV paga é porque elas são minimamente mais agradáveis do que qualquer porcaria exibida sábado à tarde a TV aberta.
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