Com toda essa moda de histórias "vampirescas" promovidas pela febre "Crepúsculo", logo imaginamos que "Deixe Ela Entrar", do sueco Tomas Alfredson, seja mais um desses filmes vazios, com efeitos especiais meticulosamente elaborados para agradar aos adolescentes masculinos e histórias de amor sem sal para agradar aos adolescentes femininos. Mas não, "Deixe Ela Entrar" vai muito além desse estereótipo, nos mostrando a história de Oskar, um frágil garoto de 12 anos tendo sua vida transformada após seu contato com Eli, uma vampira também de 12 anos [há vários anos, segundo ela mesma diz]. Os dois logo se identificam devido aos seus problemas pessoais, e começam a ser confidentes e a se ajudarem, criando-se assim uma pequena ligação amorosa. Mas tudo de uma forma fora dos padrões populescos.
Somente o cinema europeu para nos agraciar com um filme inteligente e belo, fugindo dos clichês hollywoodianos. Aliás, para quem gosta da forma como Hollywood faz seus filmes para adolescentes sem cérebro, preparem-se. Vem aí, a versão americana de "Deixe Ela Entrar", do mesmo diretor de "Cloverfield".
Qual versão será a melhor? Se levarmos em conta os remakes americanos dos filmes de terror orientais eu já imagino qual será o resultado.
Para saber onde assistir acesse o Guia da Folha Online.