20 junho, 2011

Democracia à brasileira?


Imagine um país onde discordar dos demais é considerado crime. Um país onde a liberdade de pensamento não é vista com bons olhos quando esse pensamento não vai de acordo com o que parte da população pensa. Nesse país as pessoas clamam por punição àqueles que não seguem o que eles julgam ser correto. Esse país poderia ser considerado democrático?

Há vários meses vemos um entediante embate em torno do projeto de lei 122/2006, aquele famoso por criminalizar a homofobia. De um lado dessa briga está o "povo de deus" com seus dogmas ultrapassados e opiniões duvidosas sobre como a sociedade deve viver sua vida, mas que está no pleno exercício de seu direito de criticar e não aceitar a homossexualidade. Do outro lado encontramos alguns gays querendo impor à força que todos os aceitem do jeito que são, ameaçando de prisão àqueles que pensem o contrário.

Vendo os discursos inflamados dos gays fico apenas com uma pergunta em mente: Quando foi que "ser aceito" tornou-se mais importante do que "ser respeitado"? Gays revoltados reivindicando a liberdade de serem gays ao mesmo tempo em que lutam pela aprovação de uma lei que torna crime alguém exercer seu direito constitucional de emitir uma opinião contrária à "causa gay" me causa um enorme desconforto. Querem, pela força da lei, deturpar o princípio básico da democracia em nome de uma imbecilidade criada por pessoas que parecem não entender o que é exatamente o conceito de um país democrático.

Faz sentido condenar à prisão uma pessoa apenas por ela não compartilhar da mesma opinião dos demais? Que sociedade queremos ser proibindo as pessoas de emitirem opiniões ou exercer suas religiões? Que sociedade é essa em que gays se consideram cidadãos de primeira classe e inatingíveis, quando a Constituição diz que todos são iguais e livres? - O que não está em discussão no momento é a violência e incitação ao ódio contra os gays. Assim como qualquer crime do gênero esse deve ser punido conforme o que já prevê a lei.

Muitos já leram em meu blog textos em que critico certas atitudes e pensamentos religiosos e alguns acontecimentos políticos, e que continuo a escrever por mais que minhas opiniões não agradem parte dos leitores. Isso só é possível porque vivo em um país onde sou livre para opinar tendo como base meus conhecimentos, crenças e ideologia. Esse é um direito que eu, cidadão brasileiro, não abro mão. Por que então tirá-lo de outros?

Uma sociedade democrática se constrói com debates e discussões, não com a imposição de determinadas ideias ou ideais que alguns julgam serem mais corretos. Uma sociedade igualitária se constrói com respeito à liberdade individual de pensamento, religião e orientação sexual, por mais que você possa não aceitar. Uma sociedade digna de se viver é aquela em que os cidadãos se sintam seguros e livres para expor o que pensam sem medo de serem julgados e condenados. E é por esse tipo de sociedade que todos nós devemos lutar.

13 junho, 2011

Brasil, o país amigo dos terroristas


Na última quarta-feira (8) o Supremo Tribunal Federal determinou que o terrorista Cesare Battisti deve permanecer no Brasil como um cidadão comum e livre, ignorando os crimes cometidos por ele na Itália, país onde foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos em nome "da causa comunista". A decisão dos nobres juristas seguiu a linha de pensamento do ex-Presidente Lula, que em seu último dia como governante da "Terra Tupiniquim" decidiu que Battisti, seu companheiro de ideologia, merecia carinho, amor e proteção do povo brasileiro, em nome dessa "causa comunista". Com isso, desrespeitamos tratados firmados com o povo italiano, um povo soberano e democrático, que tem o direito de julgar e prender seus criminosos. Desrespeitamos o bom senso, que diz ser de direito de um país julgar e condenar seus criminosos sob suas leis, lembrando mais uma vez, soberanas, democráticas e legítimas.

O mesmo PT que acolheu e defendeu um terrorista condenado é o mesmo que em 2007, durante os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, enviou de volta a Cuba os boxeadores que fugiram da delegação de seu país e pediram asilo político. O crime cometido por eles? Apenas tentaram fugir de um país comunista, o paraíso para os petistas e outros tantos adeptos dessa ideologia. "Como pode alguém querer sair de Cuba, aquele país maravilhoso?!", devem ter pensado os companheiros petistas.

Nesses últimos anos com o país sob a administração petista os brasileiros viram todo tipo de decisão duvidosa envolvendo ideologias comunistas e antiamericanimos baratos. Vimos isso no apoio incondicional do ex-Presidente Lula ao Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, inimigo declarado dos Estados Unidos. Também vimos Lula e seus companheiros trocando palavras de amor com o projeto de ditador comunista Hugo Chávez, outro inimigo da democracia e dos Estados Unidos. E o que dizer das declarações estapafúrdias de Marco Aurélio Garcia, então assessor para assuntos internacionais da administração lulista, classificando como "esterco cultural" os programas e filmes americanos exibidos no Brasil, insinuando sua proibição? Prova maior de imbecilidade com toques de ideologismo e antiamericanismo ultrapassados não há.

O Governo italiano já divulgou que recorrerá ao Tribunal Internacional de Haia contra a decisão brasileira. Um país como o Brasil, que almeja um lugar ao sol no Conselho de Segurança da ONU, poderá sair com a imagem prejudicada. Afinal, um país que não honra seus tratados e desrespeita a soberania de um país amigo democrático merece confiança? O PT e o STF mostram que não.
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