Na edição de 30 de julho da Folha de São Paulo foi publicada a mensagem de uma leitora de nome Eliane Oda que me chamou muito a atenção. Na mensagem a leitora demonstrou seu total repúdio aos usuários de fretados e parabenizou o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pela coragem de colocar em ação a guerra [desnecessária] contra os ônibus fretados com a suposta intenção de combater os crescentes índices de congestionamento.
A senhora Eliane tem todo o direito de mostrar ao mundo sua raiva a nós, usuários de fretados, mas peca ao dizer que o Prefeito trabalha em prol dos moradores da cidade de São Paulo, combatendo o mal que vem de fora [os usuários deste meio de transporte que vem de outras cidades].
Como todos já sabem, os ônibus fretados são um dos principais meios de transporte de mais de 40 mil pessoas no Estado de São Paulo que trabalham na Capital. E grande parte deste número é composta também por paulistanos, contrariando o pensamento torpe da senhora Eliane. Pensamento este que me parece muito com o de uma pessoa que usa o carro como uma parte do corpo e nunca imaginou como seria tentar se locomover pela cidade através dos combalidos e saturados meios de transporte atuais. Pessoas como nossa querida amiga Eliane só conhecem o mundo que rodeia seu umbigo, pouco se importando com o bem coletivo. Simplesmente pegam seus carros possantes e com ar-condicionado e saem a toda pelas ruas, aumentando os índices de congestionamento e poluição do ar.
Com a medida imposta pela Prefeitura de São Paulo não só será extinto um ótimo meio de transporte alternativo, como também serão extintos empregos e ideias inovadoras que só beneficiaram a cidade (o projeto UseBus é um ótimo exemplo disso).
Kassab e sua trupe atrapalhada de técnicos e engenheiros de trânsito (que de trânsito pouco entendem) terão um grande caminho tortuoso a percorrer. O trânsito não melhorará nos próximos meses, forçando-os a rever os planos idiotas de restrição e arrumar outros culpados. O pior para todos nós, sejam usuários de fretados, transporte comum ou carros, seremos sempre os prejudicados, pois nossos [supostos] representantes nunca chegarão à conclusão de que o maior mal aos problemas de nossas cidades são eles mesmos.
31 julho, 2009
O maior erro do Kassab
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25 julho, 2009
Qualidade que pouco se vê
Sempre me pergunto o que leva as emissoras brasileiras a terem tanto medo da inovação quando já se provou que o atual modelo das produções tupiniquins está fadado ao fracasso. Com a audiência despencando a cada dia o desespero tomou conta dos diretores das emissoras. Contratações e mudanças drásticas foram feitas, mas nada que surta efeito. São tantas idas e vindas que chegou a hora de perguntarmos: e cadê as novidades? Gugu vai, Justus vem, e tudo continua a mesma coisa. São os mesmos formatos, os mesmos rostos, as mesmas besteiras. É a preguiça de sempre para criar novas possibilidades de entretenimento.
Mas, felizmente, nem sempre é assim...
Ontem foi exibido o último episódio da minissérie "Som & Fúria", um dos poucos espasmos de criatividade a que a TV Globo se deixou ter em seus mais de 40 anos de existência. Produzida em parceria com a O2 Filmes, a minissérie teve 12 episódios que foram ao ar exaustivamente de terça a sexta (a velha mania das novelas...), nos brindando com ótimas atuações, produção e direção, coisas que não temos o costume de ver na TV aberta.
É de coisas assim que precisamos. Novidades, novos ares, novos experimentos. Deixar um pouco de lado a busca carniceira pela audiência a qualquer custo e apostar em produções que primam pela qualidade sem agredir nossa inteligência.
Mas, felizmente, nem sempre é assim...
Ontem foi exibido o último episódio da minissérie "Som & Fúria", um dos poucos espasmos de criatividade a que a TV Globo se deixou ter em seus mais de 40 anos de existência. Produzida em parceria com a O2 Filmes, a minissérie teve 12 episódios que foram ao ar exaustivamente de terça a sexta (a velha mania das novelas...), nos brindando com ótimas atuações, produção e direção, coisas que não temos o costume de ver na TV aberta.
É de coisas assim que precisamos. Novidades, novos ares, novos experimentos. Deixar um pouco de lado a busca carniceira pela audiência a qualquer custo e apostar em produções que primam pela qualidade sem agredir nossa inteligência.
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21 julho, 2009
Só ele não vê...
"Acho que ainda faltam muitas políticas públicas para que a gente comece a enfrentar o problema da violência".
Esse pensamento genial é do nosso presidente da república. Como ele passa tanto tempo viajando para outros países só agora se deu conta de que seu governo não fez nada para combater a violência.
Esse pensamento genial é do nosso presidente da república. Como ele passa tanto tempo viajando para outros países só agora se deu conta de que seu governo não fez nada para combater a violência.
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Bomba no olho dos outros
Quanto vale uma vida para você? Será que vale mais do que um dia perdido de trabalho? Para o supervisor das agências bancárias do banco Itaú, não.
Na manhã de hoje assaltantes sequestraram a gerente de uma das agências do banco em Osasco e seus dois filhos. E como se não bastasse a tortura do sequestro, a gerente teve explosivos presos ao corpo e enviada à agência para que abrisse o cofre.
Numa situação dessas o que mais esperamos são decisões rápidas que não coloquem em um perigo maior ainda a vida das vítimas. Na cabeça do supervisor do banco Itaú a melhor maneira de resolver o problema seria colocar a gerente isolada no segundo andar da agência para que assim fosse mantido o atendimento aos clientes. Uma decisão muito sábia, na cabeça daquela criatura.
Uma decisão estúpida como essa (para não dizer algo pior) parte de pessoas sem o menor senso de humanidade e carater. Para pessoas assim a pergunta lá do começo do texto tem uma única resposta: nada!
Qual decisão o supervisor gostaria que tivessem tomado se fosse ele que estivesse com os explosivos presos ao corpo?
Na manhã de hoje assaltantes sequestraram a gerente de uma das agências do banco em Osasco e seus dois filhos. E como se não bastasse a tortura do sequestro, a gerente teve explosivos presos ao corpo e enviada à agência para que abrisse o cofre.
Numa situação dessas o que mais esperamos são decisões rápidas que não coloquem em um perigo maior ainda a vida das vítimas. Na cabeça do supervisor do banco Itaú a melhor maneira de resolver o problema seria colocar a gerente isolada no segundo andar da agência para que assim fosse mantido o atendimento aos clientes. Uma decisão muito sábia, na cabeça daquela criatura.
Uma decisão estúpida como essa (para não dizer algo pior) parte de pessoas sem o menor senso de humanidade e carater. Para pessoas assim a pergunta lá do começo do texto tem uma única resposta: nada!
Qual decisão o supervisor gostaria que tivessem tomado se fosse ele que estivesse com os explosivos presos ao corpo?
Hoje vai ter uma festa
18 julho, 2009
Falsidades do ofício
Nos dias de hoje a falsidade entre as pessoas passou a ser um comportamento aceito abertamente e muitas vezes incentivado, principalmente em ambientes de trabalho, seja ela por pura maldade ou simplesmente para ser aceito em um determinado grupo. Seria o que eu chamo de "falsidade institucionalizada".
Mas falsidade em excesso traz algum benefício? Como classificar se tais atitudes extrapolam ou não os limites aceitáveis da falsidade? E será mesmo que existe um limite aceitável? Se existe, qual seria esse limite?
Os momentos em que melhor podemos "medir" o nível de falsidade de um local de trabalho são as festas. Festas são tradicionalmente os momentos onde os colegas de trabalho exercem com muito afinco o lado "amigo". Abraços para cá, beijinhos para lá e parabéns para todo os lados. Os sorrisos são largos e as piadas sem graça acompanhadas por risadas forçadas. E todos (ou quase todos) colocam em prática seus planos para agradar o chefe, coisa que nunca surte efeito, pois a lista de "preferidos" já está fechada.
Pessoa realista como sou, faço do meu relacionamento profissional um roteiro direto e claro, contendo no máximo palavras como "oi", "tchau" e limitando-me às questões relacionadas ao meu serviço. Isso faz de mim uma pessoa antissocial ou estritamente profissional?
Não direi que nunca tentei ao menos soltar um sorriso amarelo ou um "oi, bom dia" mesmo a contragosto. Mas por diversas vezes percebi que não sou capaz disso, não consigo demonstrar o que não sinto pela pessoa a quem me dirijo. Talvez seja pela minha criação ou é realmente teimosia. O que sei é que falso eu não sou, e falso eu nunca serei. Então, parabéns eu não dou!
Mas falsidade em excesso traz algum benefício? Como classificar se tais atitudes extrapolam ou não os limites aceitáveis da falsidade? E será mesmo que existe um limite aceitável? Se existe, qual seria esse limite?
Os momentos em que melhor podemos "medir" o nível de falsidade de um local de trabalho são as festas. Festas são tradicionalmente os momentos onde os colegas de trabalho exercem com muito afinco o lado "amigo". Abraços para cá, beijinhos para lá e parabéns para todo os lados. Os sorrisos são largos e as piadas sem graça acompanhadas por risadas forçadas. E todos (ou quase todos) colocam em prática seus planos para agradar o chefe, coisa que nunca surte efeito, pois a lista de "preferidos" já está fechada.
Pessoa realista como sou, faço do meu relacionamento profissional um roteiro direto e claro, contendo no máximo palavras como "oi", "tchau" e limitando-me às questões relacionadas ao meu serviço. Isso faz de mim uma pessoa antissocial ou estritamente profissional?
Não direi que nunca tentei ao menos soltar um sorriso amarelo ou um "oi, bom dia" mesmo a contragosto. Mas por diversas vezes percebi que não sou capaz disso, não consigo demonstrar o que não sinto pela pessoa a quem me dirijo. Talvez seja pela minha criação ou é realmente teimosia. O que sei é que falso eu não sou, e falso eu nunca serei. Então, parabéns eu não dou!
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09 julho, 2009
07 julho, 2009
Ideias inúteis de um vereador inútil
O cantor e metido a vereador Agnaldo Timóteo mostrou mais uma vez ao que não veio: ajudar na administração e desenvolvimento da cidade de São Paulo.
Seu mais novo "projeto" consiste em mudar o nome do Parque Ibirapuera e da Sala São Paulo para Michael Jackson.
O problema não é mudarem o nome de um parque tão importante como o Ibirapuera e lá construirem uma estátua (sim, o "nobre" vereador pensou em tudo, inclusive na construção de uma estátua). O problema é termos políticos que de tão incompetentes perdem seu tempo (e nosso dinheiro) criando coisas estúpidas que não agregam nada à nossa sociedade.
Enquanto o "nobre" vereador Agnaldo Timóteo (que se mostra cada vez mais inútil) se preocupa com assuntos cada vez mais irrelevantes, a cidade se acaba em congestionamentos, poluição e violência. E enquanto tivermos políticos com esse nível de mentalidade de ameba, seremos um povo ignorante, pobre e viveremos eternamente no terceiro mundo.
Seu mais novo "projeto" consiste em mudar o nome do Parque Ibirapuera e da Sala São Paulo para Michael Jackson.
O problema não é mudarem o nome de um parque tão importante como o Ibirapuera e lá construirem uma estátua (sim, o "nobre" vereador pensou em tudo, inclusive na construção de uma estátua). O problema é termos políticos que de tão incompetentes perdem seu tempo (e nosso dinheiro) criando coisas estúpidas que não agregam nada à nossa sociedade.
Enquanto o "nobre" vereador Agnaldo Timóteo (que se mostra cada vez mais inútil) se preocupa com assuntos cada vez mais irrelevantes, a cidade se acaba em congestionamentos, poluição e violência. E enquanto tivermos políticos com esse nível de mentalidade de ameba, seremos um povo ignorante, pobre e viveremos eternamente no terceiro mundo.
05 julho, 2009
Qual é o Brasil que queremos ser?
Em comemoração aos seus 40 anos, a revista Veja realizou o seminário "O Brasil que queremos ser", do qual surgiram 40 propostas em 6 áreas, Economia, Educação, Ambiente, Democracia, Imprensa e Megacidades, publicadas posteriormente em uma edição especial.
Para que essas propostas não passsem de mera reportagem e caiam no esquecimento, a Veja vem promovendo debates em diversas universidades em todo o país para o aprimoramento das propostas, com novas opiniões e sugestões, chegando o mais próximo possível de sua realização.
No site do projeto também podemos contribuir com nossas opiniões e sugestões. E a cada participação publicada uma muda de árvore será plantada na Mata Atlântica, em parceria com a SOS Mata Atlântica.
Acesse o site e faça sua parte. Assim, estaremos mais próximos do Brasil que queremos ser.
Para que essas propostas não passsem de mera reportagem e caiam no esquecimento, a Veja vem promovendo debates em diversas universidades em todo o país para o aprimoramento das propostas, com novas opiniões e sugestões, chegando o mais próximo possível de sua realização.
No site do projeto também podemos contribuir com nossas opiniões e sugestões. E a cada participação publicada uma muda de árvore será plantada na Mata Atlântica, em parceria com a SOS Mata Atlântica.
Acesse o site e faça sua parte. Assim, estaremos mais próximos do Brasil que queremos ser.
02 julho, 2009
Dando férias à greve
Os funcionários da USP decidiram no último dia 30 o encerramento da greve que durou 57 dias. Mesmo sem terem atendidas suas principais reivindicações (muitas delas absurdas). O estranho é que isso acontece exatamente no início das férias (!). Será que decidiram dar um tempo para esfriarem a cabeça no litoral?
"Companheiros e companheiras, a luta continua daqui 30 dias. Que vamos para Santos \o/".
"Companheiros e companheiras, a luta continua daqui 30 dias. Que vamos para Santos \o/".
01 julho, 2009
A guerra dos fretados
O Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou na segunda-feira (29) que as restrições aos ônibus fretados começam a valer a partir do dia 27 de julho. Serão criados 13 pontos de transferência para que os usuários desse tipo de serviço possam continuar seu trajeto por ônibus comuns, trem ou metrô.
Em outras palavras, essa gente que senta a bunda no banco de trás de carros de luxo com motorista não faz a menor ideia do que seja passar momentos de sufoco dentro de ônibus, trem ou metrô lotados. Acham um absurdo as pessoas optarem pelo transporte por ônibus fretado. Povo que é povo deve é ir de transporte comum, devem pensar eles.
Quando o trânsito começar a piorar ainda mais com ex-usuários dos ônibus fretados colocando seus carros nas ruas quero ver qual será a ideia mirabolante para reverter o problema.
Em outras palavras, essa gente que senta a bunda no banco de trás de carros de luxo com motorista não faz a menor ideia do que seja passar momentos de sufoco dentro de ônibus, trem ou metrô lotados. Acham um absurdo as pessoas optarem pelo transporte por ônibus fretado. Povo que é povo deve é ir de transporte comum, devem pensar eles.
Quando o trânsito começar a piorar ainda mais com ex-usuários dos ônibus fretados colocando seus carros nas ruas quero ver qual será a ideia mirabolante para reverter o problema.
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