O ProUni (Programa Universidade para Todos), do Governo Federal, foi criado com o intuito de facilitar o acesso dos menos afortunados ao ensino superior. Seria uma ótima oportunidade se não fosse o grande mal que assola as ações do governo: a burocracia.
Eu, o mais novo bolsista do programa, senti na pele o peso dos encontros e desencontros burocráticos promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). Listado entre os 5 selecionados na segunda chamada, minha saga começou com um gasto de R$ 2,50 em cópias de documentos para a comprovação da minha renda familiar e mais R$ 10,00 em passagens. Mal chego na universidade e já sou informado que a relação de documentos fornecida pelo MEC no site do ProUni estava errada. A correta era muito maior. Então, volto para casa já imaginando mais uma sessão de cópias (e mais R$ 8,50) para me atormentar.
Na semana seguinte, volto à universidade (mais R$ 10,00 em passagens). Chego às 9h e saio às 16h30. E antes de efetivar minha matrícula a funcionária me passa outra relação de cópias de documentos, fotos e boletim do ENEM (nada disso fora mencionado antes). E então, saio em busca de uma lan house (mais R$ 2,00) e local para tirar fotos (mais R$ 6,00) pelo centro velho de São Paulo. Aí sim, FINALMENTE, assino o contrato e vou embora feliz da vida (e R$ 39,00 mais pobre).
Todo o processo é tão burocrático e trabalhoso que só faz estimular os candidatos a omitirem informações para não serem recusados. Quem não conhece alguém que omitiu empregos ou familiares, ou que até incluiu pessoas para ratear ainda mais a renda familiar?
Por alguns poucos reais quase sou impedido de tentar a bolsa de estudos. De acordo com o MEC, uma família com 3 pessoas e renda de R$ 1.700,00, por exemplo, poderia arcar com mensalidades de R$ 1 mil (caso do meu curso). Aparentemente não levam em conta questões como contas, comida e dívidas. Aparentemente o ministério acredita que se você quer realmente fazer faculdade essas coisas se tornam supérfluas.
Por tudo isso, não me espanta a enorme quantidade de bolsas ociosas (cerca de 46 mil só no ano passado), e que só irá aumentar, transformando o ProUni no Fome Zero da educação.
Eu, o mais novo bolsista do programa, senti na pele o peso dos encontros e desencontros burocráticos promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). Listado entre os 5 selecionados na segunda chamada, minha saga começou com um gasto de R$ 2,50 em cópias de documentos para a comprovação da minha renda familiar e mais R$ 10,00 em passagens. Mal chego na universidade e já sou informado que a relação de documentos fornecida pelo MEC no site do ProUni estava errada. A correta era muito maior. Então, volto para casa já imaginando mais uma sessão de cópias (e mais R$ 8,50) para me atormentar.
Na semana seguinte, volto à universidade (mais R$ 10,00 em passagens). Chego às 9h e saio às 16h30. E antes de efetivar minha matrícula a funcionária me passa outra relação de cópias de documentos, fotos e boletim do ENEM (nada disso fora mencionado antes). E então, saio em busca de uma lan house (mais R$ 2,00) e local para tirar fotos (mais R$ 6,00) pelo centro velho de São Paulo. Aí sim, FINALMENTE, assino o contrato e vou embora feliz da vida (e R$ 39,00 mais pobre).
Todo o processo é tão burocrático e trabalhoso que só faz estimular os candidatos a omitirem informações para não serem recusados. Quem não conhece alguém que omitiu empregos ou familiares, ou que até incluiu pessoas para ratear ainda mais a renda familiar?
Por alguns poucos reais quase sou impedido de tentar a bolsa de estudos. De acordo com o MEC, uma família com 3 pessoas e renda de R$ 1.700,00, por exemplo, poderia arcar com mensalidades de R$ 1 mil (caso do meu curso). Aparentemente não levam em conta questões como contas, comida e dívidas. Aparentemente o ministério acredita que se você quer realmente fazer faculdade essas coisas se tornam supérfluas.
Por tudo isso, não me espanta a enorme quantidade de bolsas ociosas (cerca de 46 mil só no ano passado), e que só irá aumentar, transformando o ProUni no Fome Zero da educação.
3 comentários:
esse ano eu concorro.
Passou cinco anos e nada mudou. Me formei como bolsista do ProUni também, cara! Lembro-me bem da "dor-de-cabeça", devido a burocrácia. Mas, isto é só o início. Pois, a cada semestre você assina uma espécie de contrato, para manter a bolsa. Este contrato demora para vir, você cobra a moça da secretária, que cobra sua supervisora, que cobra a coordenadora do curso, que cobra o coordenador, que passa a bola para o reitor...
Mas, não cuspo no prato que comi. Realmente, a bolsa é ótima. não tive custeios posteriores e, é um grande mito, que as notas devem estar acima da média da sala, para não perder a bolsa. Conheço pessoas que ficaram de DP e, mesmo assim, não perderam a bolsa. Só tiveram os custos da dependencia mesmo!
Enfim, lhe desejo SUCESSO e parabéns por essa conquista. Pois, poucos sabem, mas não é só a renda que faz esse ou aquele ser contemplado com a bolsa, o que soma (e muito) é a nota no Enem. Conheço diversas pessoas que, por não terem atingido uma média considerável na prova do ensino médio, não tiveram acesso a bolsa.
Desculpe pelo texto enorme, é que fazia tempo que você não postava... Já tava com saudades da sua morada! rs...
Abraços, meu caro!
Eu também me formei pelo ProUni... Toda essa chatice da documentação é só no início...
Foda era a minha faculdade que me mandou o boleto por 8 meses.. com direito a carta de "intimação" e tudo...
hausuhauhas
Parabéns!
Bem vindo ao clube!
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