Quem nunca teve medo do Bicho-Papão que durma primeiro com a luz apagada.
"Boogeyman" (intitulado "O Pesadelo" aqui no Brasil) foi lançado em 2005 e teve na produção Sam Raimi, o diretor de "Homem-Aranha" e produtor da versão hollywoodiana de "O Grito". O filme conta a história de Timmy Jensen, um jovem que é atormentado desde a infância pelas histórias do Bicho-Papão (Boogeyman, em inglês).
Quando ainda com 8 anos, Timmy presencia a morte de seu pai, um adulto incrédulo com a existência do monstro que aterroriza criancinhas ao redor do mundo há gerações. 15 anos depois, Timmy, um adulto traumatizado pelo acontecimento, se vê de volta ao passado dos guarda-roupas tenebrosos quando sua mãe morre e ele precisa retornar a sua antiga casa (o retorno ao antigo imóvel mal-assombrado parece ser um ponto comum em todos os filmes de terror).
O filme tem todos os ingredientes de um verdadeiro besteirol para adolescentes, mas que consegue, até certa altura, agradar aqueles que gostam do gênero de terror. A história, no geral, é interessante, chegando a ser até um tanto original, mas que não se sustenta até o fim. Assim como eu, talvez você terminará de assistir se perguntando "Mas... porque ele vai atrás das pessoas?!", "De onde ele vem?!", "Por que ele existe?!". Quando o filme acaba deixando mais perguntas do que certezas, algo tem de errado. Sinto que, ao escrever o roteiro de "Boogeyman", eles se apoiaram somente na interessante ideia de um monstro do imaginário infantil, deixando de lado a parte de desenvolver um enredo igualmente original. O que faltou de conteúdo, sobrou de sustos e cenas previsíveis. Um dos poucos trunfos de "Boogeyman" fica mesmo com as belas cenas, coisa rara em filmes do gênero.
Mas parece que nada impediu o sucesso do filme mundo afora. E os milhões de dólares arrecadados serviram de inspiração para duas outras continuações, lançadas em 2008 e 2009. A julgar pelo original, não acredito que as sequências tragam coisas melhores.
Um comentário:
É pra assistir mesmo?
¬¬
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