Cansado de não receber mais convites para entrevistas de emprego decidi dizer aos recrutadores o que penso sobre a odiosa forma como eles selecionam seus candidatos. Abaixo você pode ler minha nova carta de apresentação. Uma nova e direta forma de mostrar às empresas como sou.
E antes que você me critique por ter essa atitude, lhe faço uma pergunta: depois de dois anos sem ligações de empresas acha mesmo que estou me importando se ligam ou não? Até porque, já estou ciente de que não será um texto como o meu que fará eles mudarem de opinião, pois não me querem há um bom tempo.
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Se me permite, gostaria de fugir da média e escrever minha carta de apresentação de uma forma diferente. Então peço que você pare e pense por um minuto: você está à procura de um funcionário exemplar ou qualquer um que não tenha dívidas?
Digo isso por ter notado que desde o dia em que meu nome foi incluído no rol demoníaco do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC (a sigla mais temida do mundo, depois do HIV), parece que fui abolido de todas as entrevistas para emprego.
Mas afinal, o que vocês, recrutadores, procuram realmente em um futuro funcionário? Quais as qualidades exatas vocês esperam de um candidato? Comprometimento? Responsabilidade? Bom relacionamento interpessoal? Fácil aprendizado? Dinamismo? Então lhes digo que tenho todas essas características, somadas às pequenas peculiaridades de minha personalidade que me fazem ser quem sou. Mas então porque cercear meu direito a um emprego digno e com salário decente pelo único fato de ter o nome "negativado" por um infortúnio do destino? Por que não dar a chance àqueles que realmente querem trabalhar e se livrar de suas dívidas e amarguras e buscar um futuro melhor, com mais felicidade e dinheiro na carteira?
Atualmente sou mais um dentre os milhares de funcionários públicos do Governo do Estado. A falta de oportunidades mais atrativas me forçou a ficar preso a esse emprego para ao menos ter alguns trocados. Sim, alguns trocados, porque as desvantagens de ser um funcionário público superam as vantagens (que, sinceramente, é apenas uma, o famoso "não ser demitido"). Então, antes que você se pergunte "o que diabos esse cara quer na minha empresa se já tem um emprego 'maravilhoso' no Governo?!" sinta-se informado: isso não é vida! Desempenho um papel sujo e indigno àqueles que, como eu, zelam por um ambiente político limpo e humano.
Você pode não acreditar, mas no Governo não há incentivos financeiros aos bons funcionários. Vantagens? Só se for parente. E, infelizmente, não tive a sorte de ter um parente no setor em que trabalho.
Tenho bons planos para quando me livrar do funcionalismo público. Um deles é voltar à faculdade (deixada de lado por problemas urbanos e de saúde). Outro grande plano (o mais importante para mim) é minha saída da casa de meus pais, na cidade de Osasco. Como você deve saber, viver na Grande São Paulo implica morrer no trânsito agonizante e no transporte público deficiente. Preciso de uma vida mais dinâmica, perto dos amigos, do trabalho e das minhas diversões.
Para me conhecer melhor acesse meu blog e o LaskaKumbuka, site de notícias do qual faço parte desde 2006. Veja minhas ideias, meus ideais e como comando minha vida. Assim você terá boas bases para saber o que pensar de mim, que vai muito além da minha vida financeira.
04 agosto, 2010
Me apresentando mais adequadamente
escrito por
Thiago da Hora
Marcadores:
Meu martirio
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3 comentários:
Otimo Textoooo...
é eu ainda Leio este Blog=D
Thiago Goncalves
Eu quando leio currículo procuro ver se a pessoa tentou ser ela mesma ou se tentou agradar
quem tenta agrdar é descartado
mas não sei se empregadores estão preparados para ouvir verdades.
Tá perfeito! Mas como sabemos, as pessoas que selecionam curriculos são obrigadas a seguir aquele padrãozinho ridículo de mesmisse a qual nossa sociedade é baseada!
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