E se nada mais der certo?

O cinema nacional me surpreende cada vez mais. Mas falo do cinema independente, aquele que passa longe dos estúdios da Globo Filmes. A minha mais nova surpresa foi o filme "Se Nada Mais Der Certo", de José Eduardo Belmonte.

Estrelado por Cauã Reymond no papel do jornalista Léo (aqui totalmente distante de qualquer comparação com seus personagens novelescos), o filme mostra a trajetória de cidadãos comuns da classe média paulistana que lutam para ter novamente a vida próspera de outrora. Como viver numa metrópole ávida por dinheiro quando o próprio sistema nos pune, nos tirando aquilo que mais precisamos [o dinheiro]? Como sobreviver numa metrópole onde a violência é tão real que podemos senti-la em cada esquina, em cada beco? Como viver numa sociedade que protege os ricos e massacra os pobres?

"Se Nada Mais Der Certo" é um filme com cenas rápidas e que possui um certo tom poético e reacionário. Um filme que nos mostra como a sociedade nos corrompe ou nos mata. É um filme para assistir e refletir sobre como vivemos, para que vivemos e como sobrevivemos. "Porque a gente é educado para não roubar, mas não é educado para não ser roubado".