Michael Jackson era negro ou branco? Culpado ou inocente? Excêntrico ou louco? Não, único!

Não caiu porque?

Meu sonho quase foi realizado...

O fretado não pode acabar!

Nessa última terça-feira (23) cerca de 400 ônibus de empresas de fretamento fizeram uma carreta pelas avenidas da Capital em protesto contra as restrições a esse tipo de serviço propostas pela Prefeitura de São Paulo.

Quando não se tem uma solução concreta para o fim dos congestionamentos quilométricos o melhor a fazer é arrumar um culpado. E foi o que aconteceu. Com o argumento vazio de que os ônibus fretados atrapalham o trânsito e "roubam" pessoas que poderiam pagar pelo transporte coletivo e assim dar mais dinheiro para a expansão e "melhoria" desse serviço, a Prefeitura de São Paulo lançou um projeto que limita a área de atuação dos ônibus fretados. Pelo projeto, os ônibus serão obrigados a parar em bolsões no entorno das estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), sendo seus passageiros obrigados a descerem e continuar sua viagem através desses meios de transporte já saturados e que não atendem toda a cidade.

Mas como seria possível ônibus que tira mais de 30 carros das ruas (levando-se em conta que praticamente toda a frota da cidade é de uma pessoa para cada carro) ser o vilão do trânsito caótico dessa cidade desorganizada? Por que não tratar esse meio de transporte como um forte aliado na diminuição do trânsito e emissão de poluentes? Por que não incentivar projetos como o UseBus (clique aqui para saber mais), que além de tirar vários carros das ruas ainda ajuda o meio ambiente com o plantio de árvores para neutralizar a emissão de carbono de seus ônibus?

Enquanto perdem tempo arrumando culpados, R$ 1,3 bilhão serão queimados em mais pistas da Marginal Tietê. Dinheiro esse que poderia muito bem ser gasto na ampliação da malha metroviária, que é uma piada.

A próxima grande promessa do Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo é gastar mais alguns bilhões de reais em supostas melhorias e ampliações de serviços para a Copa 2014. Ou seja, já podemos esperar mais avenidas e viadutos, pois isso dá mais votos que metrô. Enquanto isso, teremos que nos espremer no ônibus e demorar 3 horas para voltar para casa.

Campanha Não Homofobia

Em meio a tantas plumas e paetês deixados pela Parada Gay do último domingo (14) devemos nos atentar à PLC 122/2006, projeto de lei que torna crime a homofobia no Brasil, que tramita vagarosamente nos submundos de Brasília, correndo o risco de nunca sair do papel.

Então, faça mais do que ir à Parada Gay festejar seu "orgulho". Entre no site da Campanha Não Homofobia e deixe seus dados no abaixo assinado. Porque todos merecem respeito!

Deus abençoe suas roupas

Em uma conversa descontraída no carro minha prima disse que precisava comprar urgentemente roupas novas porque não poderia ir à igreja que começou a frequentar com suas atuais roupas porque lá as pessoas "só andam nos panos" e reparam em tudo que você está usando. Em outras palavras, o que minha prima quis dizer é que os membros dessa tal igreja (evangélica, diga-se de passagem) prezam muito mais a aparência do que o contato com seu deus. E, aparentemente, a etiqueta de suas roupas é mais importante do que o entendimento da bíblia.

E essa gente ainda me critica por não ir à igreja...

293 km, e contando...

A população fazendo papel de burros ao preferir o uso do carro quando poderia utilizar o transporte coletivo. Os Governos municipal e estadual continuando a não investir adequadamente na expansão do sistema metropolitano de transporte, que já se encontra saturado. Políticos insistindo em medidas que punem a população que faz sua parte para melhorar o trânsito (como na restrição aos fretados, um dos grandes aliados na diminuição de carros nas ruas)...

Creio que não preciso listar mais motivos que nos levou ao recorde de congestionamento nessa quarta-feira (10).

Sim, estou com raiva por ter demorado 4 horas para chegar em casa.

Catraca Livre

Viver em São Paulo já é por si só uma experiência alucinante. E para tornar essa experiência ainda mais incrível nada melhor do que aproveitar toda a diversidade cultural que a cidade tem a nos oferecer. Infelizmente, muito do que é amplamente divulgado poderia ser classificado como uma "cultura elitista", com preços quase inacessíveis à grande maioria da população. E foi dessa situação que surgiu o site Catraca Livre, um lugar onde podemos encontrar informações sobre toda programação cultural gratuita ou com preços populares que a cidade de São Paulo nos oferece, nos levando a lugares que antes nunca imaginaríamos serem tão ricos culturalmente.

Então, o que está esperando? Descubra a cidade e desfrute de uma São Paulo livre.

"Os Cantos do Hotel"

A companhia Hotel Green Garden encerra nessa próxima quinta-feira (11) a peça "Os Cantos do Hotel", que está em cartaz desde o dia 16 de abril no O Inflamável. O espetáculo, com direção de Ivan Feijó, tem inspiração na série de poemas "Poeta em Nova Iorque", do espanhol Frederico Garcia Lorca.

Na série, Lorca aborda sete personagens que representam a sociedade deteriorada da Nova Iorque dos anos 20 e 30, na época da crise da bolsa de valores. Em sete quadros, cada arquétipo aborda de maneira profética e surrealista como os homens se transformaram após a crise econômica e as dificuldades materiais provocadas por ela.

Os poemas escolhidos são: "Cidade Sem Sonho", "Pequeno Poema Infinito", "Fábula e Roda dos Três Amigos", "Lua", "Panorama dos Insetos", "Morte", "A Menina Afogada no Poço" e "Panorama Cedo de Nova Iorque".


Direção: Ivan Feijó
Autor: Frederico Garcia Lorca
Adaptação: Cia. Hotel Green Garden
Elenco: Dandara Monteiro, Fernanda Bello, Guilherme Ródio, João Hannuch, Larissa Vieira, Marina Patari, Sabrina Orthmann

Quando: Quinta-feira, 21h (último dia)
Onde: O Inflamável, Rua Maria Borba, 87 - Consolação
Quanto: R$ 15,00; R$ 7,50 (estudantes)
Duração: 50min
Classificação: 18 anos

A fazenda das subcelebridades

E foi dada a largada do mais novo reality show da TV brasileira, "A Fazenda".

Com uma seleção [duvidosa] de "artistas" sem talento e conteúdo, o programa consiste em trancafiar por 3 meses as subcelebridades em uma fazenda do interior de São Paulo, onde irão desenvolver atividades rurais e concorrer ao [mais do que batido] prêmio de R$ 1 milhão, em um programa que mistura "No Limite", "Big Brother" e "Casa dos Artistas".

O programa já começou "bem" ao fazerem os participantes passarem pelo teste da emoção, exibindo vídeos de amigos e parentes desejando boa sorte no jogo e dizendo que já sentiam saudades. Entre lágrimas e risos, Britto Jr. ainda nos agraciava com perguntas do tipo "Haverá fidelidade lá dentro?" (pergunta que fez à esposa do também artista "B" Latino). Isso já foi uma mostra do que há por vir (será que também haverá o "edredon da sacanagem", assim como o programa da rival TV Globo?)

E o que dizer da total falta de cérebro dos participantes? Atenção especial às mulheres. Moças de bom coração e rosto e corpo perfeitos, mas que pecam pesadamente no quesito "pensar", são mulheres que buscam o jeito mais fácil de alavancar a carreira artística que, querendo ou não, é mostrando bunda e peito em rede nacional.

Dei uma atenção especial à "atriz" Franciely Freduzeski. Atriz de paixão e mãe de coração, como fez questão de deixar bem claro, Franciely nem ao menos soube expressar algo que pudesse ser classificado como racional. E com seu jeito infantil de falar deixou mais do que claro que está no lugar certo. E daí imagine-se o nível das demais participantes.

E os homens? Alguns deles transbordando sensualidade e corpos esculturais (exceto, é claro, o sem sal Pedro Leonardo, o comum Jonathan Haagensen, o irritante Fábio Arruda e o sem graça Carlinhos da Silva), não passam de rostinhos bonitos, porque, assim como as mulheres, são desprovidos de qualquer talento que pudesse colocá-los entre os mais célebres do estrelato tupiniquim, restando apenas recorrer à ordenha de vacas em rede nacional.

Pelos próximos 3 meses sofreremos uma overdose diária de "A Fazenda", cujo único objetivo é perpetuar a cultura dos realities, programas sem propósito algum que carregam em sua alma o estilo de vexame público decorrente da falta de conteúdo que assola a TV aberta brasileira.


"A Fazenda"
Onde: TV Record
Quando: Todos os dias, às 20h30