06 novembro, 2010

Aprenda geografia com James Bond


Metade no mundo vê um Brasil cheio de estereótipos, onde as únicas coisas que existem por aqui são negros, florestas, samba e Rio de Janeiro. E nada melhor do que filmes para perpetuarem essa imagem.
Acabo de assistir "007 Contra o Foguete da Morte" ("Moonraker"), de 1979, o 11º do agente secreto mais famoso do cinema, dirigido por Lewis Gilbert (que também dirigiu outros dois filmes da série). Dessa vez James Bond (Roger Moore) precisa impedir o vilão bem malvado e multimilionário (eles são sempre assim...) Hugo Drax de levar a cabo seu plano maligno de exterminar a raça humana. E essa busca, quem diria, leva o agente a serviço da rainha a desembarcar no Brasil.
O tour começa pelo Rio de Janeiro. Para onde a câmera aponta há pessoas fantasiadas e sambando. Parece que todo mundo anda pulando de alegria e felicidade no ritmo contagiante do samba. É a cidade do carnaval, onde ninguém faz mais nada a não ser... sambar!
Com seus planos na terra do carnaval eterno não saindo como o planejado, James Bond vai de encontro ao seu chefe vestindo um lindo modelito "México encontra Rio Grande do Sul", e recebe instruções de partir imediatamente para o outro lado do Brasil que os estrangeiros conhecem, o "Norte do Amazoco" (sim, é exatamente assim que falam no filme), para continuar tentando impedir que o malvado multimilionário conclua suas maldades de higienização do planeta.
E em meio à fuga dos capangas do vilão pelos rios do "Amazoco", Bond se depara com... as cataratas do Iguaçu (!). Momento de apreensão... medo... O que ele vai fazer agora...? Mas, como sempre, o agente secreto tinha uma carta na manga e consegue sair dessa enrascada voando direto para o meio da mata, onde acaba encontrando uma... pirâmide maia (!).
Está achando essa miscelânea bizarra? Então espere até ver James Bond partindo da floresta amazônica direto para o espaço sideral. E o que combina com espaço sideral? Roupas prateadas e douradas e armas de raios laser, tudo no mais puro ritmo de "Guerra nas Estrelas".
Enfim, "007 Contra o Foguete da Morte" é um completo amontoado de bobagens e limitações intelectuais. É sem dúvida um dos piores filmes da série de James Bond. E muitos vão dizer que é assim mesmo, que filmes de ação não devem seguir a realidade, numa espécie de "licença poética" do cinema. Mas lembre-se que há uma enorme diferença entre "ficção" e "avacalhação".

3 comentários:

Thiago MSN disse...

HaHaHa...

Preciso assitir este Filme!

Bom, podemos anlisar da seguinte forma.
O autor quiz retratar que como o povo brasileiro é incansavel, ele nunca para de pular e sambar.
As Cataratas do iguaçu no final do Amazonas é referencia de como desperdiçamos a agua.
A piramide faz analogia aos segredos que a mata nos proporciona


Com certeza foi isto que o Autor e o Diretor pretendiam mostrar...


EUMERASHEYDERIR

K. disse...

James Bond.
zzzzzzzzzzz

E ainda fizeram os genérico Bourne pros anos 2000. Agh.

Davy Guilherme disse...

olha, é uma comédia então!

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